7 de novembro de 2014

Baby, it's cold outside

Alguém viu a Elsa e a Anna do Frozen a passear pela baixa lisboeta? Não? Procurem que elas devem andar por aí, pelo menos tendo em conta o frio polar que se faz sentir.

Mas que tempo é este meu Deus?
Num dia temos um sol abrasador digno de Agosto, no outro assim que pus os pés fora de casa ia congelando os miolos. Quando comento este frio anormal, as pessoas fazem questão de olhar para o calendário e lembrarem-me que estamos em Novembro, é normal estar frio. Não senhores, depois de um Outubro abrasador, não é normal sentir do dia para a noite que fui visitar os ursos ao Polo Norte. O normal seria sentir o Verão, seguido do Outono para suavizar a entrada do Inverno. O pior é que foi nesta semana friorenta que decidi pôr a lavar toda a minha roupa de Outono/Inverno. Todinha. Belo timing.... a minha cidade vira Serra da Estrela e eu só tenho t-shirts e biquínis no roupeiro. Pelo menos tenho botas quentinhas, com pêlo no interior. Não é pelos pés que me vou constipar. Por isso já sabem, se virem alguém a passar na rua de Uggs e biquíni não pensem que essa pessoa tem parafusos a menos. É apenas alguém que tem toda a sua roupa quentinha enfiada na máquina de lavar.


24 de outubro de 2014

Baby steps

Mudanças terminadas - check!
Novo lar arrumado e organizado - (quase) check!

Raios, já disse que odeio mudanças? O vai-vem de caixotes deu-se por terminado, finalmente. Casa velha limpa e chave pronta a ser entregue, casa nova pronta para a festança! Ter um novo lar é sempre uma animação nos primeiros dias. Demora-se meia hora a encontrar a nova gaveta dos talheres, dar com os novos locais dos interruptores na escuridão é missão impossível, os gatos veem-se completamente desorientados quando descobrem que a caixa de areia não está no sítio do costume. Mas mais estranho que memorizar os locais novos de cada objeto é dar comigo a viver sozinha pela primeira vez.

Desta vez não há amigos de faculdade, nem namorado. Apenas eu e os gatos. É um sentimento estranho, um misto de liberdade para andar pela casa em cuecas e um toque de nostalgia por não ter quem me pergunte como correu o trabalho quando chego a casa. A decisão deste passo foi minha, logo os dias em que dou graças por ter seguido este caminho são superiores aos que pergunto se não terei feito mais uma burrice à la Inês. Mas a cabeça não é de ferro e de vez em quando lá surgem dias realmente difíceis. Seria mais fácil voltar atrás e deixar tudo como estava? Sem dúvida. Tirando o pequeno pormenor de não me estar a sentir plenamente feliz há vários meses.

Agora estou. Na maioria dos dias. Viver sozinha tem algumas vantagens, sendo uma delas poder fazer o que quiser sem pensar no que os outros poderão pensar. Vou sendo feliz com os meus guilty pleasures que finalmente posso aproveitar a cem por cento. Por muita confiança que tenhamos com as pessoas com quem partilhamos o nosso espaço, há sempre algo que só nos sentimos totalmente confortáveis a fazer longe de olhares alheios, seja cantar a plenos pulmões aquela música do Anselmo Ralph que dizemos odiar, seja ver o "The Notebook" com lágrimas nos olhos pela milésima vez. E viver sozinha é isso mesmo, dar por mim a ter pequenos momentos de felicidade como dançar o "Shake It Off" da Taylor Swift enquanto mexo a panela do jantar, devorar os programas mega interessantes do TLC, ou chorar baba e ranho após passar meia hora no YouTube a ver vídeos de cães que veem os donos militares pela primeira vez após anos de separação. Estes são exemplos de pequenos tesouros e momentos de felicidade que se vivem quando estamos sozinhos. Ou quando se é uma pessoa parva como eu, serve para os dois casos. Mas no fim do dia são estes momentos que me fazem ter a certeza que estou no caminho certo. And that's all that matters.

17 de setembro de 2014

Nobody said it was easy

Já me tinha esquecido quão exaustivo é fazer mudanças. Encaixotar quase três anos de vida dá uma trabalheira do caraças. Por mais caixotes que pedinche no Lidl da esquina ou roube no meu local de trabalho, parece não existir papelão que chegue para guardar tanta coisa. É incrível a quantidade de tralha e tarecada que se consegue acumular ao longo do tempo. E eu que pensava ter uma casa organizada.... vai-se a ver e após abrir gavetas e armários acabei com um apartamento digno de aparecer no "Hoarding: Buried Alive"!

Pior, já me tinha esquecido quão exaustivo é fazer mudanças sozinha. Uma pessoa fala em jantarada e aparece logo uma dúzia de esfomeados interessados no convite, fala-se em acartar caixotes como se não houvesse amanhã e puff! Ficamos sozinhos no mundo. Esqueçam o velho ditado. Os amigos são para as ocasiões sim senhor, exceto se a tal ocasião implicar levar caixotes de 20kg de um lado para o outro, escadas incluídas.

E depois vem a parte de organizar tudo de novo. É tirar do caixote e arrumar. Tirar do caixote e arrumar. Repetir o processo infinitamente. A alternativa seria deixar meia vida arrumadinha nos ditos e viver rodeada de caixinhas e caixonas. Davam um toque de decoração moderna à casa e até poderiam servir de banco ou apoio para pés. Mas como a casa é pequena e não me apetece arriscar partir o nariz ao tropeçar num bocado de papelão, lá tenho de passar todos os bocadinhos livres a arrumar pratos ou toalhas de rosto. Lá para 2016 devo ter tudo no sítio. Da última vez jurei que não me metia nestas andanças tão cedo. Claro. Três anos, três míseros anos e lá estou eu a caminhar neste mundo das mudanças outra vez. Desta vez não vou jurar nada. Pode ser que assim me livre deste inferno durante, sei lá.... quatro anos.


8 de setembro de 2014

Confissões de meia-noite

Neste post me confesso: apagar o último blogue que tive foi a maior borrada que fiz. Vá, não foi a maior porque já fiz muita asneira por esta vida fora mas foi uma grande borrada. O The 2nd Girl Next Door não foi o primeiro mas foi o tal. E num clique fruto de um gesto mal pensado puff! Foram-se dois anos de textos bons. E medíocres, por lá havia um pouco de tudo.

Depois de um período de desintoxicação da blogolândia, voltou a vontade de voltar às raízes no que toca a produções bloguísticas (isto existe?!). E foi aí que me apercebi da borrada: eu queria voltar a casa mas o 2nd Girl já não existia. Já dizia alguém que vida nova, casa nova.... e pronto, cá estamos novamente. Esta mania de encerrar e recomeçar blogues já começa a ser um verdadeiro ciclo para a minha pessoa. Um ciclo sem fim, tal como a música fofa do Rei Leão. Vamos lá ver quanto tempo dura este. Aceitam-se apostas.